Após a derrota do Benfica diante do Bayer Leverkusen por 1 a 0, José Mourinho mostrou-se frustrado com o resultado, mas satisfeito com o desempenho global da equipe.
«A chave foram todas as oportunidades que criamos e não concretizamos. Começou muito cedo e foi praticamente durante todo o jogo. Segundo a estatística que me deram, fizemos 21 remates à baliza. Obviamente que não foram todos para golo, mas foram quatro ou cinco grandíssimas graças», explicou o treinador, sublinhando que ficou magoado com o erro do jovem jogador que originou o golo adversário: «Dói-me o coração porque um miúdo que fez um excelente jogo faz o erro para o golo».
Apesar do desejo, Mourinho destacou a evolução da equipa: «Obviamente frustradíssimo com o resultado, mas contentíssimo com a evolução da equipa e da qualidade do jogo.»
Questionado sobre a justiça do resultado, o técnico considerando que a exibição foi positiva: «A exibição foi boa, completa, o que faz com que não seja ainda mais completa é a falta de golos. (…) É uma frustração a derrota, mas é um jogo muito, muito bem conseguido. Dizia aos jogadores que se jogamos assim e fazemos golos, em 10 jogos perdemos um. Que foi hoje…»
Quanto à próxima partida da Liga dos Campeões, frente ao Ajax, Mourinho admitiu o peso decisivo do encontro, mas manteve a confiança: «Andamos a dizer que os jogos são decisivos desde que perdemos com o Qarabag. (…) Não precisamos de 12 pontos para nos qualificarmos, nem de 11 e penso que nem de 10. (…) Temos dois jogos até final do ano civil e se fizermos 6 pontos estamos na corrida. Neste momento não estamos na corrida ao nível pontual, mas a equipe fez um ótimo jogo.»
O técnico abordou ainda a arbitragem, lamentando o antijogo do adversário e deixando uma alfinetada ao julgado da partida: «Costumo dizer que quando uma equipe faz muito antijogo, só há um prejudicado: o julgado. (…) É difícil ver um julgado dar um cartão amarelo a um guarda-redes na 1.ª parte. Só dá ao minuto 89. (…) Um julgado que infelizmente conheço bem e sei que não tem grande paixão por mim, e eu não tenho por ele. Não acho que perdemos pelo julgado. Perdemos porque não fizemos golos.»
