José Mourinho sem meias-palavras após a vitória sofrida do Benfica contra o Nacional
O Mourinho comentou a vitória do Benfica por 2-1 na visita ao CD Nacional, em partida referente à 12.ª ronda da Primeira Liga, disputada na Choupana. O treinador destacou que o triunfo foi difícil, mas plenamente justificado, sublinhando que, mesmo em caso de derrota, nada teria a apontar ao desempenho da equipa.
«Vitória arrancada a ferros, mas merecidíssima. Se fosse derrota, não podia ter uma palavra contra a minha equipa e os meus jogadores. Jogaram bem desde o primeiro minuto. O golo é difícil do ponto de vista emocional, é duro, mas a equipa foi-se reerguer. A equipa ganha o jogo de forma dramática, mas super merecida», afirmou.
Mourinho abordou ainda a forma como os pontos se decidem nos instantes finais ao longo de um campeonato, lamentando o reduzido tempo efectivo de jogo na Choupana:
«Durante o campeonato perdem-se e ganham-se pontos no final. Não conheço uma equipa que perca sempre no final ou que ganhe sempre. O Benfica perdeu seis pontos nos últimos minutos, hoje ganha dois, mas custa-me dizer que ganhou nos últimos minutos. Um grande domínio do Benfica durante… Não quero dizer 99 minutos, mas durante 20 minutos. Não se jogou mais que 20 minutos. Uma vitória merecida».
Sobre as substituições, elogiou tanto quem entrou como quem saiu:
«Schjelderup e Prestianni? Entraram bem, mas quem saiu fez um bom jogo. Nunca pensei em não ganhar este jogo. A esperança estava em ganhar. Entraram frescos para as alas, o Ivanovic com mobilidade no ataque, o Pavlidis mais cansado ficou na zona central. A equipa fez um jogo muito bom. Os três pontos são o mais importante e o que interessa, mas gostei da organização e da força psicológica para resistir a um resultado negativo. Sabíamos que ia acabar com paragens e pouco tempo útil de jogo. Vitória merecidíssima»
O técnico explicou também a razão por trás da reorganização no final da partida:
«A euforia, às vezes, significa perda de organização. Estávamos a jogar escancarados e quis reorganizar a equipa para os últimos minutos. O futebol por vezes é traiçoeiro e alguma coisa podia acontecer. Estava tão feliz como quem festejava euforicamente, mas o traquejo deu-me calma para organizar a equipa».
Por fim, apontou para a necessidade de recuperar fisicamente antes de pensar no próximo desafio:
«Descansar, amanhã não pensar muito em futebol. Tiveram jogos duros, há rapazes que correram 12,5 km e jogámos sábado, não domingo. Vitórias importantes e que solidificam laços. Há muita alegria no balneário, mas ainda faltam muitos dias para o Sporting. Amanhã, repouso merecido».







