As declarações de Bernardo Silva após a derrota de Portugal contra a Irlanda

Depois da derrota por 2-0 frente à Irlanda, Bernardo Silva analisou o encontro, primeiro à RTP, destacando as dificuldades sentidas pela Seleção. Explicou que os irlandeses entregaram a posse a Portugal e apostaram num jogo direto, explorando contra-ataques e lances de bola parada: “Um jogo difícil em que a Irlanda nos deu a bola e o controlo do jogo e foi à procura de ser direta, no contra-ataque, nas bolas paradas. Com mérito deles e algum demérito nosso, foi um jogo bastante complicado em que não conseguimos controlar as transições. Na primeira bola parada que têm fazem o 1-0 e ficou tudo mais complicado.”
Assumiu ainda que a equipa foi previsível no ataque, colocando pouca gente nas zonas de finalização: “Não conseguimos ser muito eficientes na forma como atacamos: metemos pouca gente em zonas de finalização, fomos muito previsíveis. Contra equipas assim tão físicas e com uma linha de 5 [defesas] não é fácil (…).”
Apesar da frustração por não garantir já o apuramento, afastou a ideia de ansiedade:
“Não diria ansiedade, claro que queríamos ganhar e garantir a qualificação para o Mundial mas este grupo de jogadores joga ao mais alto nível e não fica ansioso assim tão facilmente, diria que foram mais questões técnico-táticas que não nos correram bem hoje.”
Quanto ao próximo jogo, contra a Arménia, deixou claro o objetivo: “Vamos, como sempre, jogar para ganhar. Hoje não conseguimos e estamos tristes, estamos desiludidos com o que fizemos aqui. O futebol é assim, mérito ao adversário que é uma equipa que nos deu grandes dificuldades. Agora vamos ao Porto desejosos de conseguir a qualificação para o Mundial.”
Em declarações à Sport TV, Bernardo reforçou a semelhança entre este jogo e outros recentes, sublinhando novamente o comportamento defensivo irlandês e as falhas portuguesas: “Foi um jogo parecido com o de Portugal, ainda que tenham sido mais agressivos em alguns aspetos por estrarem a jogar em casa. Acabou por ser um jogo muito parecido, contra uma equipa que defende com um bloco muito baixo, jogo muito físico. O mais difícil no futebol é atacar contra equipas assim.”
Reconheceu que a equipa foi previsível e pouco agressiva na área:
“Muito demérito nosso também, em como fomos previsíveis, como metemos pouca gente na zona de finalização nem os por desconfortáveis.”
Sobre o golo sofrido, voltou a apontar a importância da bola parada: “O golo surgiu na primeira oportunidade de bola parada que têm, o que nos tirou alguma tranquilidade. Fomos sempre um bocadinho precipitados, mas faz parte do futebol. É uma equipa com muito mérito, esta Irlanda. Muito demérito nosso também, mas temos a qualificação nas nossas mãos em casa.”
Quanto às lições retiradas, destacou a dificuldade em desmontar um bloco baixo bem organizado: “Atacar contra equipas com bloco baixo, que jogam numa linha de cinco, que não saltam, em que não se encontra espaços entre os médios deles, é preciso ter muita paciência, sintonia e hoje não conseguimos fazer isso. Os defesas deles sempre conseguiram estar confortáveis, com muitos números, e nunca conseguimos criar desconforto.”







